Louvores ao Senhor

​          Passaram-se apenas alguns anos, mas o tempo, quando medido em louvores, passa mais rápido, na medida que esse mundo também passa, bem como seus desejos. E aqui estamos de novo — não porque está bom ou ruim, mas porque Deus continua digno de adoração.
           A edição de 2025 traz algumas novidades, seguindo a proposta original: ser um livro vivo. Um hinário que respira, amadurece e se comunica com o tempo em que vive.
Ele faz com que os Millennials sintam um calor no peito, lembrando-se dos acordes que os moldaram. Serve à geração Z, que busca autenticidade e propósito nas canções que entoa. E estende a mão à geração Alpha, com letras claras, melodias acessíveis e doutrina firme — um convite a aprender, crescer e cantar com entendimento.
     Com isso preciso dizer que alguns hinos “morreram” e outros nasceram. Mas não se preocupem, pois hinos podem ser ressuscitados a qualquer momento, desde que cumpram seu propósito de apontar para Cristo. Outros hinos se desenvolveram, acertaram os erros de nascença e estão prontos para trabalhar. É a vida.
Cremos que o hinário é uma espécie de genoma litúrgico, onde está codificado o testemunho cantado da Igreja ao longo do tempo. Ele funciona como o DNA espiritual de uma comunidade viva: uma sequência de louvores que guarda, transmite e expressa a identidade do povo de Deus. Assim como os organismos vivos carregam em seu código genético as instruções herdadas de gerações anteriores, também cada hino carrega traços doutrinários, memórias afetivas, experiências espirituais e convicções inabaláveis que foram passadas, testadas e preservadas.
          Novos elementos foram incorporados — adaptações que respondem aos ambientes históricos, culturais e espirituais em que a Igreja vive. Algumas músicas se tornaram dominantes, outras entram em dormência, como genes silenciosos que um dia podem ser reativados. Mas a estrutura essencial permanece: o louvor como expressão da vida, da fé e da esperança que se manifestam no Corpo de Cristo.
        Este hinário, portanto, não é uma relíquia congelada no tempo, mas um sistema vivo, um ecossistema de adoração onde cada linha melódica é uma célula pulsando, cada letra é uma molécula de memória, e cada arranjo, um sinal de que a Igreja continua viva, respirando, amadurecendo — mas sempre enraizada na Palavra que não muda.

O Sola Scriptura sempre será o nosso afinador.

        Ah, e antes que você pergunte: sim, ainda achamos que música é uma linguagem moral. Não, ainda não acreditamos que o Espírito Santo precisa de autotune para agir.
E sim, ainda estamos procurando composições que louvem a Trindade com a beleza da verdade.
           Se você vai usar este hinário numa capela no sertão ou num culto urbano com eco de ar-condicionado, saiba: foi para a Glória de Deus que escrevemos esta nova edição. Porque o louvor que sobe precisa começar no coração e passar pela consciência antes de sair pela boca.
 

Continue cantando conosco. E se puder, desafine com fé — o Espírito traduz.
 

Com amor, temor e ritmo,
Ari Langrafe Junior
Layla Caroline Langrafe Follador
Leonardo Caio Langrafe
Maio de 2025